sábado, 30 de janeiro de 2010

Impatient Heart, Be Still.

Já que ainda estamos em época de Saldos, este modesto blog, decidiu por um dia (ou, secalhar, dois), aderir à Filosofia Barata do "Vai ficar tudo bem." (Mesmo que existam 423535 variáveis a indicar precisamente o oposto). O povinho diz, o senso-comum concorda, e a dona deste blog tem o prazer de informar que até segunda, por volta das 16horas, acredita piamente nesta verdade absoluta. Portanto, daqui a algumas dezenas de horas estarei eu a sair da sala do último exame deste último 1º semestre, bem sorridente, porque, correu bem, e, vitória vitória, acabou-se a história. (Ou que é como quem diz, TR, Requiescat in pace.)

(Qualquer reclamação sobre o número infinito de clichés contidos num único e só texto, é favor dirigirem-se ao balcão dos neurónios fundidos, onde eles se vão continuar a acumular nas próximas horas. )

sexta-feira, 29 de janeiro de 2010

Vida vs Tudo-O-Resto


Isto é o que dá um quê de beleza à vida: é que tudo passa. Até o Amor. (Principalmente o Amor).

quarta-feira, 20 de janeiro de 2010

#1

« “F = R/E”, ou seja “Felicidade é igual à realidade dividida pela expectativa” »

#: No fim resume-se tudo a coisas simples. São palavras e gestos. E, de repente, toda e qualquer equação deixa de fazer sentido.

@: E como é que se obtém um resultado final positivo? Se eu não me portar mal muitas vezes, tratar as pessoas bem e sem esperar nada em troca, vou ser feliz? É isso?

#: Talvez.

@: Então mas.. Coisas más não acontecem a pessoas boas?

#: Oh, sim. Acontecem todos os dias, pequenina.

@: Então afinal é aleatório ou está dependente das nossas acções?

#: Depende. Atravessas a rua, na passadeira conforme ditam as regras, e és atropelada Fizeste tudo bem, mas há sempre um terceiro elemento variável que se junta à tua equação e, nesse momento, tudo deixa de depender (só) de ti.

@: Portanto, basicamente, estamos destinados a ser terrivelmente infelizes e miseráveis porque ainda há camelos que atravessam os semáforos sem sequer olhar.

#: Não estamos destinados a nada. E vai daí, tudo pode acontecer. Há camelos sim, mas também há pessoas. E, uma vez por outra, acontecem coisas maravilhosas. Se existe uma fórmula para se ser feliz? Provavelmente, existirão milhares. Quanto ao que é preciso? É preciso muito, realmente bastante. Mas vai daí, é tão pouco e tão simples, que podemos sempre sê-lo. É sempre uma opção nossa, consciente ou não. Portanto pequenina, és feliz?

@: Tenho-te a ti, não tenho?

#: E se não tivesses?

@: Mas tenho.

#: Mas nada é eterno, nem mesmo as pessoas.

@: Não interessa, hoje estás aqui comigo e deste-me a mão quando tudo ficou escuro. E sabes? Eu não tive medo. Porque hoje tomaste conta de mim, e sorriste-me, daquela tua maneira. Essa mesmo, como estás a sorrir agora. Foi um bom dia. Hoje. Hoje fizeste-me feliz.

#: Percebes agora? A felicidade é isto, não é muito nem pouco, nem mesmo uma questão do "antes" ou "depois", é no tempo e na medida certa.

domingo, 17 de janeiro de 2010

Lucky Ones.




Eles dizem que A Sorte é aleatória. Então e O Azar?

(É que se não for, eu dispenso. E, já agora, oh tu daí de cima, tira lá este tempo do modo "repeat". A gerência agradece.)

quarta-feira, 13 de janeiro de 2010

Pedaços de Amor.

Mais uma vez Amor, estás na berlinda.
A próposito do Amor e Desamor (ou a Vida e a Morte, deixo ao vosso critério) a nossa senhora amiga Kübler-Ross defendia a fórmula mágica “Os Cinco Estágios de Luto”: Negação, Raiva, Negociaçao, Depressão e (Aleluia, senhor), Aceitação.
Um dia comento os restantes, mas por hoje, fico-me pelo que encaixa com a actualidade e o qual eu, pessoalmente, gosto mais. O estágio final, o da “Aceitação”, que entra em cena quando a esperança já deixou de nos fazer companhia, e traz a minha amiga do peito, a paz interior.
Mas voltando ao Amor, já que o tempo de antena hoje é dedicado única e exclusivamente a ele. Quem é que ainda se dá ao trabalho de escrever “Cartas de Amor”? Invariavelmente, oiço a tratarem o assunto como se fosse algo digno dos Museus de renome internacional “Cartas? Então mas hoje há e-mails, mensagens, telemovéis (..)” (Sim, claro, porque o Amor, esse toda a gente assume que conhece, até o tratam por “Tu” e tudo).
Pois bem então, acho que aqui há uns tempos fiz uma descoberta que me vai colocar no “Hall of Fame” das descobertas de tesouros.

«Não prometo que te dê sempre o melhor de mim (Até porque o “Prometo” e o “Sempre”, não devem ser usados na mesma frase), nem que não existam momentos difíceis (porque acredita, vão haver), nem que eu ou tu não tenhamos vontade de retroceder e desistir. Mas posso-te prometer que enquanto gostar de ti (…) eu hei-de esforçar-me ao máximo para que o que construímos até aqui resulte, para que não sejam apenas sonhos fabricados com ilusões.»

Percebem? Há alguma coisa mais fenomenal que estes "amores" ingénuos, absolutamente incomedidos e inconsequentes? Daqueles que tiram o apetite e o sono e (como se não fosse suficiente) ainda nos fazem atravasser os 9 círculos do Inferno (acho que se Dante ainda andasse por aí, invejaria qualquer um de nós), para no fim, nos atirarem de novo para a casa de partida. Quem é que, ao olhar para trás, não sente uma nostalgia e uma certa saudade daquelas montanhas-russas privadas, em que cada dia nunca termina da mesma forma que começa (embora, pelo meio, oscile vezes sem conta entre os extremos).
A Aceitação é isto. Quanto ao Amor, hoje sei que não era nada daquilo. Portanto, sujeito desconhecido (porque não, eu contigo ainda não tenho confiança para te tratar por “Tu”), quando quiseres, vem daí.

quarta-feira, 6 de janeiro de 2010

Rainbows

Olhar para o passado, nos melhores dias, alimenta a alma e aquece o coração. Mas viver o presente, é qualquer coisa que está para lá do alcance de qualquer palavra. É a parte dura e, simultaneamente, a melhor parte.
E depois, ao contrário dos filmes, não é preciso ter finais felizes a dois, porque mais do que ser feliz com alguém, é encontrar o nosso próprio happily ever after pessoal. Tudo o resto, vem depois.
E hoje ficamos assim. Ao futuro.

 

 
[E, a propósito da música, do texto, e de tudo, vejam o "Adam". É qualquer coisa. ]

sábado, 2 de janeiro de 2010

Ad eternum.

Coração bem apertadinho nas mãos e lágrimas presas, à rebeldia, na garganta.
Este é o primeiro ano que começou (e vai acabar) sem ti.
Portanto, as primeiras palavras de 2010 vão para aqueles que trago apenas na memória, os que já partiram e que, neste novo ano, apenas nos vão acompanhar lá do alto (do nosso coração, e do carinho dos momentos passados).
Há dores que, simplesmente, se limitam a cumprir o seu papel. E doem. Sem fazerem distinções entre horas ou dias. E não há forma bonita ou atenuante de o dizer. Porque tu já não estás aqui e fazes falta. Em cada dia, em todos os dias. E hoje não quero dizer que estou agradecida por todos estes anos, pelas lições, acompanhadas de carinho e paciência, ou mesmo pelo Amor. Porque a verdade é que estou.
Mas Hoje apetece-me ser egoísta e não dizer outra coisa que não seja que te queria aqui, ao pé de mim, a desejar-me mais um bom ano. A dizer-me que vai correr tudo bem, que eu sou a tua menina e que não vais deixar que seja de outra forma.
Tenho saudades tuas e hoje apetece-me culpar-te a ti, ao mundo, e a uma divinidade qualquer (que ande por aí e tenha a capacidade de acompanhar os 532543563456435 blogs). Culpar qualquer um - e não, não estava a falar a sério em culpar-te a ti -, pelas promessas que jamais serão cumpridas, por não me ter despedido de ti propriamente e por não ter tido oportunidade de te dizer tudo aquilo que queria e sentia. E, acima de tudo, por não estares aqui comigo, nunca mais. Porque é nestes momentos que me sinto de novo a criançinha, aquela que acorda a meio da noite assustada com o pesadelo. E adivinha? A avó não está lá. E sabes que mais? Não foi um pesadelo.