domingo, 8 de novembro de 2009

Every single day.

Não existem definições certas, unânimes, ou intemporais. Cada um dá asas à imaginação, às experiências que viveu e ao que, em determinado momento, pensa e sente.

Aqui e agora, apenas sei que a minha definição de Saudade és Tu e a falta que me fazes. É ter de viver, diariamente, com o peso da tua ausência misturado com a certeza de que não mais me vais acompanhar. É aprender, um bocadinho a cada dia, a encontrar-te apenas nas recordações, a passar por qualquer local e contrariar a vontade de olhar em redor, à tua procura.
É como eles dizem, quem cá fica é que sobrevive. O que se esquecem de mencionar é que também é quem continua que está encarregado de dar guarida à dor. E quanto a essa, bem, cada um faz o que pode. Aprendes a enganar o hábito e a declarar guerra à rotina e, todas as noites, contas a ti próprio, a mesma história que te adormece o coração e te entorpece os sentidos. E, no dia seguinte, acordas e recomeças tudo outra vez.
Mas sabes, eventualmente, a pressão no peito diminui, a esperança faz as pazes contigo e até a culpa cansa-se de te punir, permitindo ao silêncio reinar. Nesse momento, descobres que não és a única, que todos o seres humanos – excepto, talvez, aqueles seres que não posso, de todo, considerar parte da humanidade – têm a saudade como âncora do coração e, a seu tempo, cada um aprende a viver com ela e a guardar a melhor parte de tudo.


I’ll be missing you. Always.