sábado, 2 de janeiro de 2010

Ad eternum.

Coração bem apertadinho nas mãos e lágrimas presas, à rebeldia, na garganta.
Este é o primeiro ano que começou (e vai acabar) sem ti.
Portanto, as primeiras palavras de 2010 vão para aqueles que trago apenas na memória, os que já partiram e que, neste novo ano, apenas nos vão acompanhar lá do alto (do nosso coração, e do carinho dos momentos passados).
Há dores que, simplesmente, se limitam a cumprir o seu papel. E doem. Sem fazerem distinções entre horas ou dias. E não há forma bonita ou atenuante de o dizer. Porque tu já não estás aqui e fazes falta. Em cada dia, em todos os dias. E hoje não quero dizer que estou agradecida por todos estes anos, pelas lições, acompanhadas de carinho e paciência, ou mesmo pelo Amor. Porque a verdade é que estou.
Mas Hoje apetece-me ser egoísta e não dizer outra coisa que não seja que te queria aqui, ao pé de mim, a desejar-me mais um bom ano. A dizer-me que vai correr tudo bem, que eu sou a tua menina e que não vais deixar que seja de outra forma.
Tenho saudades tuas e hoje apetece-me culpar-te a ti, ao mundo, e a uma divinidade qualquer (que ande por aí e tenha a capacidade de acompanhar os 532543563456435 blogs). Culpar qualquer um - e não, não estava a falar a sério em culpar-te a ti -, pelas promessas que jamais serão cumpridas, por não me ter despedido de ti propriamente e por não ter tido oportunidade de te dizer tudo aquilo que queria e sentia. E, acima de tudo, por não estares aqui comigo, nunca mais. Porque é nestes momentos que me sinto de novo a criançinha, aquela que acorda a meio da noite assustada com o pesadelo. E adivinha? A avó não está lá. E sabes que mais? Não foi um pesadelo.