quarta-feira, 13 de janeiro de 2010

Pedaços de Amor.

Mais uma vez Amor, estás na berlinda.
A próposito do Amor e Desamor (ou a Vida e a Morte, deixo ao vosso critério) a nossa senhora amiga Kübler-Ross defendia a fórmula mágica “Os Cinco Estágios de Luto”: Negação, Raiva, Negociaçao, Depressão e (Aleluia, senhor), Aceitação.
Um dia comento os restantes, mas por hoje, fico-me pelo que encaixa com a actualidade e o qual eu, pessoalmente, gosto mais. O estágio final, o da “Aceitação”, que entra em cena quando a esperança já deixou de nos fazer companhia, e traz a minha amiga do peito, a paz interior.
Mas voltando ao Amor, já que o tempo de antena hoje é dedicado única e exclusivamente a ele. Quem é que ainda se dá ao trabalho de escrever “Cartas de Amor”? Invariavelmente, oiço a tratarem o assunto como se fosse algo digno dos Museus de renome internacional “Cartas? Então mas hoje há e-mails, mensagens, telemovéis (..)” (Sim, claro, porque o Amor, esse toda a gente assume que conhece, até o tratam por “Tu” e tudo).
Pois bem então, acho que aqui há uns tempos fiz uma descoberta que me vai colocar no “Hall of Fame” das descobertas de tesouros.

«Não prometo que te dê sempre o melhor de mim (Até porque o “Prometo” e o “Sempre”, não devem ser usados na mesma frase), nem que não existam momentos difíceis (porque acredita, vão haver), nem que eu ou tu não tenhamos vontade de retroceder e desistir. Mas posso-te prometer que enquanto gostar de ti (…) eu hei-de esforçar-me ao máximo para que o que construímos até aqui resulte, para que não sejam apenas sonhos fabricados com ilusões.»

Percebem? Há alguma coisa mais fenomenal que estes "amores" ingénuos, absolutamente incomedidos e inconsequentes? Daqueles que tiram o apetite e o sono e (como se não fosse suficiente) ainda nos fazem atravasser os 9 círculos do Inferno (acho que se Dante ainda andasse por aí, invejaria qualquer um de nós), para no fim, nos atirarem de novo para a casa de partida. Quem é que, ao olhar para trás, não sente uma nostalgia e uma certa saudade daquelas montanhas-russas privadas, em que cada dia nunca termina da mesma forma que começa (embora, pelo meio, oscile vezes sem conta entre os extremos).
A Aceitação é isto. Quanto ao Amor, hoje sei que não era nada daquilo. Portanto, sujeito desconhecido (porque não, eu contigo ainda não tenho confiança para te tratar por “Tu”), quando quiseres, vem daí.