Mais uma vez Amor, estás na berlinda.
A próposito do Amor e Desamor (ou a Vida e a Morte, deixo ao vosso critério) a nossa senhora amiga Kübler-Ross defendia a fórmula mágica “Os Cinco Estágios de Luto”: Negação, Raiva, Negociaçao, Depressão e (Aleluia, senhor), Aceitação.
Um dia comento os restantes, mas por hoje, fico-me pelo que encaixa com a actualidade e o qual eu, pessoalmente, gosto mais. O estágio final, o da “Aceitação”, que entra em cena quando a esperança já deixou de nos fazer companhia, e traz a minha amiga do peito, a paz interior.
Mas voltando ao Amor, já que o tempo de antena hoje é dedicado única e exclusivamente a ele. Quem é que ainda se dá ao trabalho de escrever “Cartas de Amor”? Invariavelmente, oiço a tratarem o assunto como se fosse algo digno dos Museus de renome internacional “Cartas? Então mas hoje há e-mails, mensagens, telemovéis (..)” (Sim, claro, porque o Amor, esse toda a gente assume que conhece, até o tratam por “Tu” e tudo).
Pois bem então, acho que aqui há uns tempos fiz uma descoberta que me vai colocar no “Hall of Fame” das descobertas de tesouros.
«Não prometo que te dê sempre o melhor de mim (Até porque o “Prometo” e o “Sempre”, não devem ser usados na mesma frase), nem que não existam momentos difíceis (porque acredita, vão haver), nem que eu ou tu não tenhamos vontade de retroceder e desistir. Mas posso-te prometer que enquanto gostar de ti (…) eu hei-de esforçar-me ao máximo para que o que construímos até aqui resulte, para que não sejam apenas sonhos fabricados com ilusões.»
Percebem? Há alguma coisa mais fenomenal que estes "amores" ingénuos, absolutamente incomedidos e inconsequentes? Daqueles que tiram o apetite e o sono e (como se não fosse suficiente) ainda nos fazem atravasser os 9 círculos do Inferno (acho que se Dante ainda andasse por aí, invejaria qualquer um de nós), para no fim, nos atirarem de novo para a casa de partida. Quem é que, ao olhar para trás, não sente uma nostalgia e uma certa saudade daquelas montanhas-russas privadas, em que cada dia nunca termina da mesma forma que começa (embora, pelo meio, oscile vezes sem conta entre os extremos).
A Aceitação é isto. Quanto ao Amor, hoje sei que não era nada daquilo. Portanto, sujeito desconhecido (porque não, eu contigo ainda não tenho confiança para te tratar por “Tu”), quando quiseres, vem daí.
36semanas e 4 dias de Henrique
Há 3 anos