domingo, 14 de março de 2010

O Regressos dos que nunca partiram.

Depois de semanas absolutamente caóticas, vem a retrospectiva da saga dos últimos meses, tudo porque hoje consegui começar do princípio. Recuar e re-ler as dezenas de textos que ficaram para trás, acompanhados por momentos que, como eles, também por lá findaram. É o dito processo de balanço, o coração encerra, a cabeça entra em fase de arrumação e o espírito mete férias, por tempo indeterminado. E depois reabre-se, com uma nova arrumação, um cenário mais apropriado e um ponto de vista diferente. É quando se percebe que os problemas existem sempre porque, à semelhança das pessoas, não há dias perfeitos. Mas como a maioria não tem nenhuma Ariadne que espere pacientemente por nós na outra ponta do novelo, muitas vezes acabamos por nos perder nos nossos próprios labirintos. Ou, mais preocupante ainda, permitimo-nos perder nos dos outros. E vai-se avançando aos tropeções, sem existir nenhum manual de instruções que ensine a lidar com os reversos da medalha: a desilusão, a perda e a dor. (E não, esses milhentos manuais espirituais e de auto-ajuda que por aí andam aos trambolhões por essas livrarias, nem sequer entram neste problema equacional).
Mas, no final do dia (ou do mês, ou do ano) é como Aristóteles disse, “No fundo de um buraco ou de um poço, acontece descobrir-se estrelas”. E eu descobri a minha.

[E, fases à parte. E porque a nostalgia deu lugar à boa disposição, por estes dias, faça-se a vossa vontade. Comentários à la carte.]