sábado, 12 de dezembro de 2009

Eu tenho polegar, e tu?

Agora há uma coisa deste novo milénio, que é a evolução das guerras, a nova praga do século XXI.
Antes pegava-se na espingarda, enchia-se o peito de coragem (e a arma de cartuchos) e ia-se em frente. Agora afia-se a língua, dispara-se veneno de forma aleatória, e faz-se como o caranguejo, um para (pela) frente, dois para (por) trás. É que o bom-senso e o sentido de justiça e compreensão é tudo uma coisa muito bonita, no papel, na Constituição dos direitos, na teoria e nos atributos do vizinho. Mas ficamo-nos por aqui, porque dá muito trabalho ter de olhar para mais algum umbigo do que para além do nosso próprio, até porque se já temos um, para quê preocupar-nos com mais outro(s)?
Pois é. É que antigamente ainda havia maioritariamente pessoas, hoje em dia, de forma a haver uma boa adaptação à Selva em que isto se tornou, o que não falta por aí são animais (e não, meus caros amigos, a estes nem o dom da racionalidade lhes foi concedido). Por isso, se passar por aí algum símio a fazer ‘uh uh uh‘, não se esqueçam de lhe atirar um amendoim por mim.